quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Não abro mão do amor


Comparo o nosso amor
A certas coisas que faço
Ao descascar batatas
Não corto fininho
Arranco os pedaços

(Paula Taitelbaum)

Não sei se é de hoje ou se sempre foi assim... amamos pouco. O medo, as frustrações, os desejos falam mais alto. Poucos realmente se dedicam à alguém ou a algum relacionamento. As pessoas transam, namoram e até casam, mas vejo poucos casais compartilharem suas vidas de verdade.

Falta companheirismo, paciência (sim, é preciso muita paciência), respeito e admiração. Mas, sobretudo, falta paixão. Não falo daquele entusiasmo que sentimos quando começamos a sair com alguém, mas da intensidade do sentimento.

As pessoas saem, se conhecem e começam a namorar. Namoram, engravidam e decidem se casar. Vão levando em banho-maria. Ele não morre de amores por ela, ela sabe que ele não é seu príncipe encantado, mas "vão tocando".

Não!!! Não entendo quem permanece com uma pessoa se sabe que não a ama verdadeiramente. Talvez seja por isso que os relacionamentos são tão descartáveis, que as pessoas tratem as outras com tanta leviandade quando o assunto é o coração.

É difícil manter um relacionamento: driblar a rotina, conviver com diferenças, aceitar dias de mau-humor, crises financeiras, mas quando se ama de verdade é beem mais fácil. Se já é difícil ser fiel se amando muito, imagina gostando "naquelas"?

Para amar, é preciso se doar e acho que a maioria está preocupada mais em receber. Amar dói, faz chorar, mas também faz rir. Não existe nada melhor do que se sentir realmente amado e fazer alguém se sentir verdadeiramente amado também.



Um comentário:

Anônimo disse...

Hum...!!!!!