"Somos várias pessoas ao longo da vida"

A frase não é minha, mas do cantor e compositor Victor Chaves da dupla Victor & Leo – sim... gosto da música deles e sim... são cantores sertanejos, os melhores do gênero na minha opinião, mas sou suspeita para falar.

Victor fez a citação ao participar de um programa de entrevista na Band, que assisti no último final de semana. Acho ele inteligentíssimo, charmosíssimo e de uma sensibilidade de espantar... ok, vamos ao que interessa: concordo com Victor e me identifiquei com suas palavras.

Quando olho para trás, parece até que algumas coisas aconteceram em outra vida ou que convivi com algumas pessoas numa outra reencarnação. Não tem a ver com o tempo em si, mas tem a ver comigo. A Sirlei que fez "aquelas coisas", que disse "aquelas palavras", que sentiu "aquelas dores e amores", que pensou "aquilo tudo", não é a mesma que está aqui hoje.

Não se trata de renegar o passado ou o que fomos, mas admitir que a vida nos "cambió". Acho que a mudança é uma mistura de maturidade, de convivência com outras pessoas, de erros, acertos, paixões e medos. Os anos não mudam apenas nosso corpo, nem seria justo.

À medida que muda a vida, a gente muda. Ou seria o contrário? Tem uma música que diz: "não se iluda, que nada muda se você não mudar". E, como todo mundo, sou uma nova Sirlei a cada ciclo da vida. Se sou melhor hoje? Não sei, mas acho que a gente sempre muda buscando a felicidade.

E por falar nela, lembrei de uma passagem do livro "Comer, Rezar, Amar" que diz: "Estou sempre me lembrando de um dos ensinamentos da minha Guru sobre felicidade. Ela diz que as pessoas tendem a pensar universalmente que a felicidade é um golpe de sorte (...) Mas não é assim que a felicidade funciona. A felicidade é consequência de um esforço pessoal."

PS: Este post é dedicado a minha cunhada Karine que andava reclamando que eu não escrevia faz tempo. Beijo!